Celebração de 20 anos de democracia
Por seu turno, Ovídio Pequeno, representante da União Africana, considerou que a história da Guiné-Bissau e do seu povo esteve sempre ligada à criação e à evolução da Organização da Unidade Africana, hoje União africana. O representante da U enfatizou que, as lutas de libertação criaram um incentivo e uma meta: a democracia, que hoje cada cidadão guineense almeja. “Para a União Africana, a democracia em geral e, particularmente, na Guiné-Bissau, constitui o símbolo inquebrantável da luta de libertação e síntese da liberdade conquistada. A organização tem consciência que os passos dados pela Guiné-Bissau neste domínio têm sido marcados por instabilidade persistente”.
Precisamente ao reconhecer esta situação que a UA abriu na Guiné-Bissau um escritório de ligação com a finalidade de acompanhar o nosso país na via de desenvolvimento e da democracia. De igual forma, para consolidar a democracia, foi adoptada a nível continental uma Carta Africana sobre a democracia, as eleições e a boa governação.
De acordo com Ovídio Pequeno, os últimos 20 anos da Guiné-Bissau foram marcados pelo advento da democracia, mas sempre adiado por períodos cíclicos de instabilidade e violência o que não têm permitido a sociedade e as populações beneficiarem de um clima propício a uma convivência que se deseja de urbanidade e do respeito pela diferença, mas em prol do desenvolvimento harmonioso e sustentado e do fortalecimento das instituições que dão respaldo ao edifício da democracia. “Hoje ouvimos com frequência a expressão ‘somos um Estado de direito democrático’, muitas vezes utilizada pelos políticos ao sabor da sua conveniência, sem contudo se predisporem a respeitar e a fazer respeitar as instituições que dão sustento ao edifício da democracia”.
Para o representante da UA em Bissau, “a democracia começa em cada um de nós, sem rancor, sem cinismo, sem violência e sem desconfiança permanente que tem caracterizado a acção dos actores políticos guineenses”.
Na sua alocuação, Ovídio Pequeno sublinhou que com as eleições legislativas e presidenciais deste ano, consideradas justas, credíveis e transparentes, a Guiné-Bissau vive um novo ciclo da sua vida, onde tudo está por fazer. “O povo deste país tem a esperança renovada num futuro melhor onde venha a reinar o respeito pela diferença, onde não haja justiça a dois tempos, onde o ciclo da impunidade tenha os dias contados, onde as forças armadas sejam republicanas e submetidas ao poder politico, a droga não faça parte do quotidiano, onde exista acesso à saúde e à educação e o desemprego, sobretudo dos jovens e das mulheres, não seja uma constante, e que o amanhã seja encarado com alegria e com sorriso”.
Em jeito de conclusão, formulou o desejo de que o colóquio da ANP “constitua uma referência importante para os próximos passos com vista a consolidação das instituições democráticas e do processo democrático na Guiné-Bissau”.
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